quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Violência contra as mulheres nas relações de intimidade: Uma questão de igualdade no contexto social actual (Parte II)

A violência entre pessoas ligadas por laços de intimidade não é um fenómeno recente. A história tem mostrado que a violência sob as mais diversas formas tem sido prática comum desde os tempos mais remotos. No entanto, a violência só se constituiu como um problema social específico em meados do século passado, nomeadamente a partir da década de 60. Desde então, a violência exercida contra as mulheres no contexto das relações íntimas tem sido objecto de forte e crescente atenção social e científica ao nível internacional. Em Portugal, sobretudo a partir do início da década de 90, se começa a verificar uma maior consciencialização sobre a gravidade e dimensão deste problema.
Para se ter uma ideia aproximada da sua extensão e gravidade, consideram-se importantes os seguintes factos, que reflectem uma amostra das ocorrências de violência doméstica, reportadas às forças de segurança portuguesas até 31/10/2008 (Ministério da Administração Interna. Direcção-Geral de Administração Interna, 2008):
· Sinais claros da existência de um aumento significativo do número de ocorrências participadas às forças de segurança;
· Principais dias de registo das queixas: Domingo e 2ª Feira; sendo a hora de recepção das participações principalmente à noite e à tarde; o mês de Agosto surge como o mês de maior incidência e Janeiro o de menor incidência de queixas;
· Taxas de incidência das participações de violência doméstica especialmente elevadas nos Açores, Madeira, comarcas de Sintra, Porto e São João da Madeira;
· Denunciantes, geralmente são a própria vítima, do sexo feminino, casadas e com idade média de 39 anos;
· 85% das vítimas, são do sexo feminino; por outro lado assiste-se a sinais de aumento da proporção de vítimas masculinas (15%);
· Denunciados, são geralmente são do sexo masculino, casado e com idade média de 40 anos;
· Em 16,6 % dos casos, existe posse ou utilização de arma; em 47, 6% existe consumo habitual de álcool e em 11,5% consumo de estupefacientes;
· A intervenção policial ocorre geralmente motivada por pedido da vítima; em 47% dos casos tratou-se de uma reincidência e 46% das ocorrências foram presenciadas por menores; em cerca de 28% dos casos as forças de segurança entraram no domicílio do/a denunciado/a e da vítima;
· Geralmente as situações têm como consequências para a vítima ferimentos ligeiros ou ausência de lesões, sendo no entanto de salientar a existência de diversos casos em que os ferimentos são graves, tendo inclusivamente sido regista a morte de 9 vítimas; geralmente as vítimas não são internadas no hospital nem têm baixa médica.
Nas pesquisas por nós elaboradas sobre violência doméstica contra a mulher, e no que concerne, ao local das agressões, concluímos que a casa, espaço da família, antes considerada lugar de protecção e próprio do mundo feminino, passa a ser um local de grande desprotecção, desamor e risco para as mulheres. Contrariando o senso comum, as pesquisas comprovam que o lugar menos seguro para a mulher é o seu próprio lar. Tais dados reiteram que o risco de uma mulher ser agredida em sua residência, pelo marido / companheiro, ex-marido / companheiro é muito superior ao risco de sofrer alguma violência na rua.
Este tipo de violência manifesta-se de forma particular; isto é, desenvolve-se de forma circular numa sequência de três fases, repetidas ao longo do tempo, o qual designamos de “Ciclo da Violência”. Este ciclo, desenrola-se ao longo de 3 fases: 1ª Fase: Aumento da tensão; 2ª Fase: Explosão da violência e 3ª Fase: Lua-de-mel.
1ª Fase: Aumento da tensão: O agressor enfrenta os seus problemas do dia a dia com tensões, as quais não sabe gerir sem recorrer à violência. Gradualmente, estas tensões vão aumentando, até ao ponto do agressor, sem qualquer pretexto, descarregá-las sobre a vítima, culpabilizando-a. Recorre a motivos poucos consistentes (ex: não ter feito o jantar, não ter passado bem a camisa, etc) para provocar a discussão com a vítima, ao mesmo tempo que a acusa de actos ou omissões que não estão de acordo com o que a vítima espera.
2ª Fase: Explosão da violência: O agressor passa ao acto, sob diversas formas – abuso físico, psicológico e/ou sexual da vítima. Tais abusos poderão atingir elevada gravidade ao ponto de poderem pôr em risco a integridade da vítima ou até mesmo levá-la à morte.
3ª Fase: Lua-de-mel: Período de descompressão caracterizado por uma alteração nas atitudes do agressor. O agressor manifesta arrependimento, com promessas de não voltar ao seu comportamento violento. Recorre a estratégias justificadoras do seu comportamento como por exemplo, o álcool, problemas no emprego, problemas financeiros; envolve a vítima em atenções redobradas, cuidados e afecto para que esta o desculpabilize e não abandone a relação conjugal abusiva.
Inicialmente, os actos abusivos cingem-se a injúrias ou ataques verbais, no entanto, com o passar do tempo, acabam por atingir proporções desmedidas, passando à violência física, aumentando a sua frequência e gravidade ao longo do tempo. Neste ciclo, ocorrem sentimentos de ambivalência por parte da vítima (medo, desesperança, desespero, esperança, confiança, amor), que corresponde à oscilação de comportamento do próprio agressor. A realidade mostra-nos que com o passar do tempo, o ciclo pode evoluir no sentido quase único da 2ª fase que corresponde à explosão de violência.
Relativamente à legislação, encontramos no artigo 152º do Código Penal Português, referência a esta problemática, codificando-a como crime, punível com pena de prisão de 1 a 5 anos. Trata-se de um crime de natureza pública e como tal não carece de queixa mas unicamente de denúncia. A Presidência do Conselho de Ministros / Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres (2002), opina que os comportamentos inerentes às situações de violência doméstica / violências nas relações de intimidade, referem-se a “comportamentos reiterados, que aumentem gradualmente de intensidade e cheguem muitas vezes a situações extremas, situações que as vítimas não raras vezes escondem por vergonha de não serem entendidas, por medo, por razões de dependência económica ou outras”. Neste contexto, é de todo pertinente recordarmos que algumas destas situações, pelo seu grau de gravidade, obrigam ao afastamento do agressor da residência. Tal tomada de decisão apenas pode ser decretada pelo Magistrado competente.
Neste contexto, acreditamos nas intervenções do enfermeiro especialista em saúde mental e psiquiatria e preferencialmente, um acompanhamento em equipa multidisciplinar. Este profissional possui saberes e competências abrangentes que o habilitam a intervir de forma mais eficaz nestas situações, promovendo a saúde da mulher, da família e da comunidade onde estes crimes ocorrem. Neste contexto Matos (2006), é da opinião que “ (…) embora muitas mulheres possam ter o desejo de partilhar um acontecimento como este, nem sempre o contexto de ajuda cria condições facilitadoras para que uma revelação da vitimação tenha lugar. Se, pelo contrário, algumas condições estiverem reunidas (ex: percepção de recursos de apoio efectivos, o facto do profissional saber questionar, saber intervir, manifestar preocupação com o seu bem-estar), a revelação pode ser facilitada.”
Como profissionais envolvidos na assistência de enfermagem em saúde mental e psiquiatria, somos defensores de formas multidisciplinares para melhorar a intervenção junto das mulheres vítimas de violência nas relações de intimidade. Entende-se trabalho em equipa, aquele que é realizado por um conjunto diversificado de profissionais de diferentes áreas e não o trabalho realizado individualmente por cada um deles. Esta nossa preocupação, ocorre porque acreditamos que qualquer mulher que vivencie uma situação de violência se encontra em crise, e de tal modo, encontra-se em constante sofrimento e necessita de toda a ajuda que possamos proporcionar.
No que diz respeito aos enfermeiros, e tendo por base a nossa forma de pensar em enfermagem, acreditamos que, a resposta à problemática das mulheres vitimas de violência nas relações de intimidade, deve pautar-se, acima do seu saber e saber fazer (conhecimentos técnicos e científicos); isto é, os enfermeiros de saúde mental e psiquiatria, devem também desenvolver o seu saber ser e saber estar, tanto entre si como na relação com a pessoa, pois estes factos, constituem a sua essência, os alicerces da relação terapêutica, indispensáveis à pratica do cuidar em saúde mental e psiquiatria.
A todas as mulheres resta lembrar o velho ditado: “O mais profundo e verdadeiro amor é o amor próprio!”

(Publicado pela autora na Revista do DN Madeira no dia 22 de Novembro 2009)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Violência contra as mulheres nas relações de intimidade: Uma questão de igualdade no contexto social actual (Parte I)

A sociedade tem vindo a despertar para uma das suas tristes realidades: a violência nas relações de intimidade. As situações de violência, em especial, as que se relacionam com crianças e mulheres, geram na opinião pública indignação e de forma indirecta, aumentam, a consciencialização e a sensibilidade do grupo social face a esta problemática.
Tem-se vindo a alcançar um entendimento consensual acerca da terminologia inerente à problemática da violência dirigida à mulher, sendo esta definida como, qualquer acto, conduta ou omissão que sirva para infligir, repetidamente e com maior ou menor intensidade, sofrimento de cariz físico, sexual, mental ou económico, seja de modo directo ou indirecto (por exemplo, mediante ameaças, enganos, coação, extorsão ou qualquer outro meio), a uma mulher a viver em alojamento comum, isto é, pertencente, ao mesmo agregado familiar. Fruto de um evoluir social constante, aceita-se ainda, que este tipo de violência possa ser fomentada por um conjugue ou companheiro marital ou ex-conjugue ou ex-companheiro marital, ainda que este não habite no mesmo agregado familiar. Importa termos sempre presente que, qualquer situação de violência, tem por objectivo único, o domínio do outro com recurso à opressão, impondo-lhe sentimentos de impotência, subordinação, inaptidão, desvalorização pessoal e medo.
Em 1993, a ONU na Declaração sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres define violência contra as mulheres como “ (…) toda e qualquer acção de violên­cia, baseada no género que resulte ou possa resultar, em danos ou so­frimento físicos, sexuais ou psíquicos das mulheres, inclusive amea­ças de tais acções, coação ou privação sumária de liberdade, que ocorre na vida pública ou privada”. Tais situações, habitualmente, vividas no âmbito da intimidade, enquadram – se num padrão de abuso reiterado e contínuo, representando, em primeira instância, uma forte ameaça à saúde das mulheres, sendo elas por si só, responsáveis por morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Em suma, entende-se por violência nas relações de intimidade, todo o tipo de violência que ocorre entre o casal ou entre as pessoas envolvidas em relações de intimidade amorosa. Esta é a forma de violência familiar mais prevalente, podendo se manifestar de diversos modos.
Actualmente, não há consenso sobre o entendimento das causas da violência nas relações de intimidade; sabe-se contudo que a mesma, não conhece fronteiras culturais, sociais, económicas, étnicas, religiosas, de idade ou de género. O sociólogo Michael Johnson, é da opinião de que existem, fundamentalmente, quatro formas qualitativamente distintas de violência entre parceiros heterossexuais:
· Violência comum ao casal: diz respeito a uma dinâmica de violência recíproca que representa uma resposta interpessoal face a um conflito específico; pode assumir um carácter intermitente, episódico / ocasional ou até mesmo isolado, na rotina quotidiana de muitos casais;
· Violência assente no poder masculino sobre o feminino (“terroristic violence”): esta dinâmica é mais séria do que a anterior, pois envolve uma violência progressiva, sistemática e mais grave, inclui dinâmicas múltiplas (por exemplo: violência física, subordinação, ameaças, isolamento e outras técnicas de controlo) e uma menor probabilidade de auto-defesa por parte da vítima; pode ainda acarretar consequências mais severas e envolver um número significativo de tentativas de separação do cônjuge abusivo;
· Resistência violenta: consiste tipicamente na agressão cometida pelas mulheres sobre os seus parceiros que se mostram continuamente agressores e controladores na intimidade; este tipo de violência é, particularmente, cometido num registo de auto-defesa mas pode escalar até actos mais graves (ex: homicídio);
· Controlo violento mútuo: dinâmica típica de relações em que ambos, masculino e feminino, são violentos (ex: verbal e / ou fisicamente) e lutam para ter o controlo da relação.
Durante muito tempo, as situações relacionadas com violência nas relações de intimidade foram silenciadas a nível social. Em nossa opinião, tal facto deveu-se à conotação errónea a ela atribuída, fazendo com que as vítimas de agressão se remetessem ao silêncio, aceitação e tolerância dessas situações. Este tipo de atitude é em primeira instância, um atentado aos direitos humanos. Dela sobressai, um fragilizar da vítima, comprometimento do seu projecto de vida e reinserção social, bem como, comprometimento das relações do circulo familiar e social. Do agressor, emerge uma intenção de controlar e exercer poder e autoridade sobre a vítima; constituindo-se uma forma de resolver conflitos, de marcar a sua posição pessoal em processos de decisão e de corrigir “comportamentos” da vítima com os quais discorda.
Culturalmente, debatemo-nos com representações e crenças enraizadas e transmitidas de geração em geração. O velho ditado popular “Entre marido e mulher ninguém meta a colher”, não tem qualquer validade em termos de violência nas relações de intimidade. Esta violência pode assumir diversas formas, que vão dos maus-tratos e espancamento até ao abuso sexual, violação, incesto, ameaças, intimidação e prisão domiciliária. Não podemos ignorar, no entanto, que a grande maioria de situações que prefiguram casos de violência doméstica são ainda as exercidas sobre as mulheres pelo seu marido ou companheiro.
Cabe aos profissionais de saúde e ao senso social, desmistificar preconceitos e mitos sobejamente enraizados e que apenas contribuem para a minimização e desculpabilização dos actos dos agressores, ao mesmo tempo que, funcionam como obstáculo à consciencialização das vítimas relativamente ao seu real sofrimento.

Mitos e preconceitos relativos à violência nas relações de intimidade:
“Os maus-tratos só acontecem em meios sociais mais desfavorecidos” - A violência doméstica ocorre em famílias de todos os meios sociais – com muitos ou poucos recursos económicos, com níveis de escolaridade elevados ou baixos, etc.
“Ele no fundo não é mau…quando bebe uns copitos fica transtornado” - A violência conjugal não é um acto isolado de descontrolo, nem o álcool é por si só um factor que a explique. Porque é que o agressor, regra geral, mesmo sendo alcoólico, só agride a mulher em vez de outras pessoas?
“Há mulheres que provocam os maridos, não admira que eles se descontrolem” - O marido não tem o direito de maltratar a mulher quando discorda de alguma atitude ou conduta desta. Nada justifica os maus-tratos, os quais constituem crime nos termos da lei penal portuguesa.
“A mulher sofre porque quer, se não já o tinha deixado” - Existem muitos factores que contribuem para a permanência das mulheres em relações maltratantes – receio de represálias, desconhecimento dos seus direitos, falta de apoio, preocupação em relação ao futuro dos filhos.
“Quanto mais me bates mais gosto de ti” - A violência conjugal causa sofrimento físico e psicológico, com impacto negativo para o bem-estar e a saúde das vítimas, conduzindo no limite à sua morte.
“A mulher maltratada nunca deve deixar o lar quando tem filhos “é preciso aguentar para bem deles!....”- A violência conjugal também afecta os filhos/as. Estes, como vítimas directas ou como testemunhas das cenas de violência, tendem a desenvolver problemáticas físicas, emocionais, comportamentais e sociais. Para além deste facto, a mulher que seja vítima de violência pode sempre sair de casa, dado este acto não ser considerado abandono do lar.
“Entre marido e mulher ninguém meta a colher”- Os maus-tratos conjugais são um problema social e criminal que não pode ser tolerado, constituindo um crime público. Somos todos / as responsáveis e devemos denunciar tais situações.
A grande maioria dos estudos de investigação no âmbito da violência nas relações de intimidade, são direccionados para as relações maritais heterossexuais. Mais recentemente, a investigação no domínio dos relacionamentos íntimos tem permitido retratar novas realidades, situando a violência em momentos distintos da relação marital (ex: namoro) e em contextos homossexuais. Ultimamente se verificou este tipo de violência nos sectores juvenis, referenciada na literatura internacional como “dating violence” ou “courtship violence”. Existem estudos que evidenciam níveis inquietantes de violência na intimidade juvenil ao mesmo tempo que comprovam que este tipo de abuso não se circunscreve às relações conjugais mas mesmo em tempo de namoro, o que deverá ser fonte de preocupação e intervenção em contexto social, pois, tais estudos são unânimes em concluir que, as ocorrências de violência no namoro, tendem a aumentar em termos de frequência e gravidade, podendo ser uma antevisão de violência conjugal. Neste contexto, os estudos recomendam que, a intervenção junto dos jovens deverá ser no sentido de: promover a aquisição de conhecimentos acerca do fenómeno; capacitar para o reconhecimento de situações íntimas abusivas; identificar e produzir mudanças nas crenças sócias – culturais que sustentam esse tipo de violência; desenvolver competências para gerir uma situação de violência pelo parceiro; informar acerca dos recursos na comunidade.
A violência contra as mulheres não é um problema das mulheres: é um problema dos homens, é um problema de toda a sociedade. Todo o tipo de violência contra as mulheres é, um atentado aos direitos humanos fundamentais bem como, um desrespeito pela dignidade da mulher, impedindo-a de viver de forma equilibrada o seu projecto de vida. Neste contexto, há um desafio de fundamental importância que se coloca a todos nós – cultivar a vida, denunciando todos os tipos de agressões (violência) sofridas por nós mesmas ou por outras!
(Artigo publicado pela autora na Revista do DN Madeira no dia 8 de Novembro 2009)

domingo, 11 de outubro de 2009

yoga do Riso na promoção da Saúde Mental


O Yoga do Riso nasceu na Índia há doze anos atrás e nos últimos anos têm sido usado nas empresas e outras instituições de vários países como Dinamarca, França, Alemanha, Índia e Espanha para minimizar os efeitos do stress na vida quotidiana.
As sessões de Yoga do Riso funcionam como método anti-stress. Os benefícios da sessão serão reflectidos no ambiente laboral a curto prazo melhorando o dia a dia dos funcionários e da vida dos colaboradores na mesma.
O Yoga do Riso tem como principio melhorar o ambiente de vida quotidiana através do uso desta dinâmica de grupo e de proporcionar bem-estar no trabalho bem como em todas as actividades diárias. Também ajuda como medida preventiva nas doenças, nomeadamente, crises situacionais, depressão e nas incapacidades que estas trazem.
A sessão de riso consiste em fazer exercícios de riso unidos a exercícios de respiração e assim passamos do riso falso ao riso verdadeiro. Atingimos assim um óptimo estado de relaxamento que sem dúvida melhorará o nosso desempenho no trabalho.
Os benefícios são imediatos e funcionam muito bem a curto prazo já que quem ri em conjunto trabalha muito melhor em equipa. Está demonstrado cientificamente que o riso favorece as relações interpessoais o que numa empresa e com a pressão com que trabalhamos hoje em dia torna-se uma medida de prevenção e de “team building” excelente.

Objectivos:

§ melhorar a qualidade de vida dos colaboradores;
§ através do riso baixar as hormonas do stress;
§ elevar a autoconfiança dos participantes;
§ estimular a criatividade dentro e fora da equipa;
§ aumentar a capacidade de resolução de conflitos;
§ aumentar a produtividade laboral.


Que é um líder de riso?

Um líder de riso é uma pessoa que facilita Sessões de Yoga do Riso, nas quais rimos sem motivo. Para tal deve estar devidamente formado por um professor certificado pela Escola de Yoga do riso do Dr. Madan Kataria que inventou este método 12 anos atrás na Índia e que está a ser um grande sucesso, espalhando-se como um dos melhores métodos anti-stress do mercado das dinâmicas de grupo em mais de 55 países em todo o mundo com 5000 clubes do riso que funcionam para o público em geral e para empresas.
O líder do Riso não é um comediante, nem um palhaço, nem conta anedotas, o líder de riso realiza Sessões de Riso que consistem em fazer exercícios de riso ligados a exercícios de respiração (hathya-yoga), passamos assim do riso falso ao riso verdadeiro já que está demonstrado cientificamente que o nosso corpo não distingue se o riso é realmente falso ou verdadeiro, passamos assim do sistema simpático ao sistema parassimpático e com a libertação de endorfinas atingimos uma agradável sensação de bem – estar connosco próprios e com as pessoas que fazem parte do grupo.
Ser líder de riso é uma responsabilidade para com o grupo que participa nas sessões de forma regular e implica saber e conhecer o espírito do riso praticando o mesmo todos os dias e naturalmente têm uma filosofia de vida ligada ao Yoga que é a união entre o físico, a mente e o espírito, pelo que deve ser uma pessoa equilibrada a todos os níveis.
O espírito do riso implica comportamentos e atitudes para com os outros, não é só rir porque sim, praticamos também um caminho de vida e uma forma de viver onde as palavras amor, amizade, paz, compaixão, perdão, sensibilidade, alegria e generosidade fazem parte do nosso dia a dia e fazem parte intrinsecamente do nosso comportamento.

Aprendemos assim a evitar ter atitudes negativas como medo, ciúmes, sentimentos de culpabilidade, raiva que não nos levam para lado nenhum. O líder de riso tem a responsabilidade de “ensinar” a cultivar emoções positivas e ser exemplo do mesmo, já que o motor de um clube do riso não é só sermos felizes senão fazer os outros felizes. Tudo isto é conhecido como o “espírito do riso” que é fundamental para a evolução do líder e das pessoas que fazem parte das sessões de riso que o mesmo lidera.
Naturalmente inspirar, transmitir sabedoria, partilhar experiências e motivar serão papéis fundamentais para o líder e as sessões serem um sucesso.
Após saber isto o ideal é começar o antes possível a rir sem motivo, e saber que quando rimos sem motivo estamos a dar os primeiros passos para a nossa cura e a cura dos outros.


domingo, 16 de agosto de 2009

Cuidar sim, Estigmatizar não

“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.”
(Artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos)
A "saúde mental" é entendida como um aspecto vinculado ao bem-estar, à qualidade de vida, à capacidade de amar, trabalhar e de se relacionar com os outros de forma positiva e equilibrada. Os seguintes itens foram identificados como critérios de saúde mental:
1. Atitudes positivas em relação a si próprio;
2. Crescimento, desenvolvimento e auto-realização;
3. Integração e resposta emocional;
4. Autonomia e autodeterminação;
5. Percepção apurada da realidade;
6. Domínio ambiental e competência social.
Nesta perspectiva, subentende-se que a saúde mental vai muito além das doenças e das deficiências mentais. Por outro lado, não existe uma definição de “doença mental” que seja universalmente aceite. Compreende-se por “doença mental” um amplo espectro de problemas patológicos que afectam a mente, usualmente provocando grande desconforto interior e alterando comportamentos. Deste espectro fazem parte queixas a nível do humor, ansiedade, memória, percepção e pensamento. Estes diferentes sintomas, evoluindo e subsistindo no tempo, caracterizam as diferentes doenças mentais, que têm em comum tornarem a pessoa disfuncional a nível pessoal, familiar, social e laboral. A característica fundamental dos sintomas da doença mental, é a sua inconstância, tanto na intensidade como na persistência, tornando o dia-a-dia da pessoa portadora de doença mental único.
A origem da “doença mental” é multifactorial. Aspectos genéticos, meio envolvente, momentos ou períodos importantes (facilitadores / dificultadores) deverão ser considerados. Classicamente, as causas da doença mental, subdividem-se em causas endógenas (resultado de factores hereditários e constitucionais) e causa exógenas (mais reactivas ao acontecimentos do dia-a-dia e menos dependentes da nossa genética, biologia e fisiologia). A certeza plena, é que, e independentemente da sua causa, a doença mental causa sofrimento imenso psicológico, usualmente com repercussões a nível físico, fazendo com que a pessoa portadora de doença mental em fase de descompensação se comporte de forma diferente. Tal comportamento atrai medo, hostilidade, gozo em vez de apoio e compreensão e por fim, sentimentos de estranheza, estigmatização e exclusão social.
Ninguém duvida que há um estigma ligado à pessoa portadora de doença mental! O termo estigma significa marca na pele, um sinal que tanto pode ter sido causado por uma doença, como por um ferro em brasa, ou outro agente causador de uma mancha ou cicatriz, causando vergonha, desonra, ou outro sentimento negativo. Por exemplo, ter o estigma de… “louco”, “maluco” ou “desequilibrado mental”. Insensato (a), preguiçoso (a), imprevisível, incapaz para o trabalho, violento (a) e perigoso (a) são alguns estigmas que discriminam a pessoa portadora de doença mental. Essa discriminação contribui para limitar os recursos ao tratamento, dificultar a interacção social e ainda afectar de forma negativa o curso e o resultado da doença bem como o viver dessa pessoa enquanto ser humano, e como tal, pleno de valor. Estes preconceitos, carregados de negatividade, apenas servem para criar barreiras impedindo a procura de ajuda, pelo medo de serem excluídos, traduzindo-se num retardar do tratamento adequado, e redução da eficácia do mesmo. Tais preconceitos são, em nossa opinião, fruto da ignorância bem como falsas crenças sobre as doenças do foro mental e de uma consciência social moralmente negativa. Esta forma de pensar e agir em sociedade, isola a pessoa portadora de doença mental em relação aos outros, como se fosse uma pessoa marcada, contagiosa. Este agir pela doença mental e não pela pessoa portadora de doença mental conduz a um sentimento de “estranhamento social” conduzido por relações sociais prejudicadas, como se a pessoa fosse um ser à parte, indesejável e por isso, sem razão para ser feliz. Estas vivências, são de tal forma marcantes, que aqueles que se recompõem de uma doença mental escondem-se frequentemente atrás de uma “máscara”, de modo a manter o seu passado secreto. Tal necessidade, é em primeiro lugar, uma forma de não ser rejeitado, desvalorizado, desumanizado no seu mais intimo viver.
Muitos de nós (quem sabe, até profissionais da área da saúde), temos tendência a manter uma imagem estereotipada de pessoa com doença mental. Essa imagem, poderá ser a razão, porque muitas destas pessoas não conseguem concretizar os seus projectos de vida. A sociedade é rápida a colocar-lhes “rótulos”…vejamos alguns deles:
· A doença mental é para toda a vida;
· Pessoas com doença mental são violentas, perigosas, imprevisíveis; preguiçosas;
· A pessoa com doença mental pode contaminar outras com a sua loucura;
· Não se pode confiar em pessoas com doença mental; elas não sabem o que dizem nem o que fazem; tudo o que estas pessoas dizem é insensato;
· A doença mental é deliberada e intencional ("ficam doentes porque querem”);
· As pessoas com doença mental são completamente incapazes de tomar decisões sobre suas próprias vidas (ex., onde morar, o que vestir, o que comer);
· A pessoa com doença mental é incapaz de trabalhar;
· A pessoa com doença mental, ao longo da sua vida, fica progressivamente mais doente, mais incapaz;
· A doença mental é culpa dos pais.
Acreditamos que apenas, e somente, quando a pessoa portadora de doença mental, familiares e a comunidade aprenderem sobre o que é a doença mental, (re) conhecerem as dificuldades vivenciadas e tiverem acesso ao tratamento adequado, é que se começará a derrubar o estigma associado à doença mental. Para tal, torna-se urgente a participação comprometida de toda a sociedade. Tornando-nos mais atentos às doenças mentais, podemos contribuir para criar as merecidas oportunidades a estas pessoas, permitindo-lhes levar uma vida normal e um regresso à comunidade como membros produtivos, auto confiantes e capazes de desenvolverem todo o seu potencial de vida.
(Publicado pela autora na Revista do DN da Madeira a 16.08.2009)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As quatro pontes da sabedoria


O homem sempre andou em busca de sentido e propósito da vida. Esta busca incessante tem ocorrido desde o início da humanidade e ocorre em cada fase da vida. Todos nós em alguma etapa da nossa existência nos questionamos sobre o sentido de vida. Assim é na infância, na adolescência, na juventude, na vida adulta, na maturidade e não é diferente na velhice! Todos nos questionamos e estamos sempre construindo nossa própria identidade, na busca de um caminho pessoal, que nos traga felicidade e realização pessoal. Mas será esse o caminho?


Numa época em que o materialismo parece ser a filosofia dominante da sociedade, espera-se que o homem seja capaz de olhar de novo para si mesmo, para a sua dimensão espiritual e encontre a sua felicidade e realização pessoal plena. Que qualidades espirituais podemos desenvolver? Qual o propósito da nossa vida?


Segundo OSHO, quem quiser alcançar a a sua plena realização pessoal terá de criar quatro pontes, às quais ele chamou de “pontes da sabedoria”. Ei-las:
· A primeira ponte é a do sentido da vida;
· A segunda ponte é a do silêncio;
· A terceira ponte é a do sentimento;
· A quarta ponte é a da simplicidade.


Quando se fala em sentido da vida, referimo-nos à vida, em si, a qual por si só não tem sentido; a vida é uma oportunidade para que se dê sentido a ela. O sentido da vida não tem que ser descoberto: ele tem que ser criado; cada um de nós achará sentido na vida somente se o criar. A idade altera a forma como se sente a vida. A juventude envolve sonhos e ilusões, optimismos e uma intensidade de sentimentos que os mais velhos não têm… A passagem da juventude, à maturidade e à velhice, envolve experiências, verdades, reflexões novas, que alteram os nossos valores e a forma como vemos e sentimos a vida.

Com o silêncio aprendemos a nos conhecermos…aprendemos a reparar nas coisas mais simples e mais valiosas da vida, valorizamos o que é belo, ouvimos o que faz algum sentido na nossa vida.


O sentimento desempenha um papel muito importante por dirigir todos os nossos pensamentos e acções. Existem em nós múltiplos sentimentos, os quais desempenham diferentes papéis na nossa vida. Identificamos cada sentimento à medida que ele vem à tona, passa por nós e desaparece.


Na simplicidade aprendemos que reconhecer um erro não nos diminui, mas nos engrandece, e que as pessoas não existem para nos admirar, mas para compartilhar connosco a beleza da existência humana.

Há um longo caminho a ser percorrido para que cada pessoa encontre a sua plena realização, e acima de tudo que cada pessoa aprenda a ser feliz, sabendo porque nasce, o que faz e para onde vai.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Adolescência

A adolescência representa um período crucial do desenvolvimento humano à qual se associam ideias de vitalidade, entusiasmo e ânsia de futuro. A ocorrência desta fase está intimamente ligada aos factores de risco e factores de protecção nos quais os indivíduos se desenvolvem, identificando-se a família e a escola como espaços privilegiados para o seu crescimento saudável.
Presentemente, em quase toda a nossa sociedade, condena-se a responsabilidade daquele que atenta contra o maior bem do ser humano – a VIDA. Tal condenação, firma-se sobre a ideia plena de que a atitude do suicida corresponde a um plano devidamente arquitectado, levado a cabo com lucidez e arbítrio plenos, fruto de um completo desapego (inaceitável) com a vida. Essa atitude de ousadia (irreverente) de quem atenta contra si próprio, gera sentimentos de incómodo nas pessoas, pois elas, genuinamente confrontam-se também com o seu próprio projecto de existência. Com alguma facilidade se aceita a ideia de que “quem quer se matar que se mate” e de preferência “bem longe de mim”, no entanto, não nos deveríamos esquecer do filósofo Albert Camus, para quem "só há um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio".
A problemática dos comportamentos suicidários na adolescência é real. Segundo a OMS o suicídio está entre as três maiores causa de morte entre pessoas com idade entre 15-35 anos, pelo que, é desejável, que todos os patamares da nossa sociedade chamem a si a responsabilidade em relação a esta problemática.



http://www.youtube.com/watch?v=2Ok-q8CuxH8


Tentativas de suicídio dos adolescentes aumentam
“Os comportamentos suicidários entre os adolescentes estão a aumentar em Portugal. Todos os anos, mais de dois mil jovens atentam contra a vida, mesmo quando a morte não é o objectivo. "Para eles, a vida vale pouco".

Só às urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) chegam diariamente dois ou três novos casos. Mas há muitos outros, que nunca entram para as estatísticas: são silenciados em casa.
"Trata-se de jovens com comportamentos repetidos que a família já nem valoriza. Por isso, em vez de irem para as urgências, ficam em casa a dormir um ou dois dias", explicou à Agência Lusa Carlos Braz Saraiva, psiquiatra responsável pela Consulta de Prevenção do Suicídio nos HUC.
"Em Portugal existe um fenómeno crescente de para-suicídio adolescente, mas felizmente suicidas consumados há poucos", diz o psiquiatra, explicando que "o para-suicídio pressupõe que a intenção de suicídio é quase zero".
"Uma jovem que, perante um desgosto amoroso, toma comprimidos é um para-suicídio, o que é uma situação diferente de um rapaz que se decide enforcar e escolhe um local ermo para o fazer", explica.
As estimativas nacionais apontam para 200 casos por cada cem mil jovens, "mas se analisarmos apenas as raparigas o número sobe para 600 por cem mil habitantes", alerta o especialista.
"A vida para os adolescentes não é nada fácil. Para eles, a vida vale pouco", lembra, por seu turno, o chefe do Serviço de Psiquiatria Júlio de Matos, António Albuquerque.
A maioria chega aos hospitais com sobredosagens medicamentosas, mas também há muitos casos de auto-mutilações. "Um em cada cinco jovens que entra nas urgências por sobredosagem também são cortadores", avança o especialista de Coimbra, explicando que se trata de um "método para trocar a dor de alma pela dor do corpo".
A questão nuclear do para-suicídio é a rejeição: sentem-se marginalizados, incompreendidos e, no final, não sabem como lidar com o desespero.
O para-suicídio é um fenómeno das classes sociais mais baixas, estando normalmente associado a famílias com histórias de alcoolismo, toxicodependência ou abandono. "São normalmente filhos de famílias disfuncionais, que sentem que não têm com quem contar. Nunca tiveram confidentes, sentem-se rejeitados ou então foram abandonados pelo pai quando eram crianças", explica Braz Saraiva.
O retrato é corroborado pelo colega e chefe do Serviço de Psiquiatria Júlio de Matos, António Albuquerque. Mas também existem casos nas classes sociais mais altas: "Onde os níveis de exigência são muito elevados, porque esperam que os filhos continuem uma espécie de dinastia na carreira. Esperam que sejam brilhantes no sucesso escolar".
Numa sociedade que não concede grandes escapatórias para o fracasso, muitos jovens sentem que a realidade pode ser ameaçadora e acabam por ter comportamentos suicidas.
Se para muitos estes actos servem apenas para chamar a atenção, Braz Saraiva lembra que "é preciso valorizar o desespero de quem o faz". Apesar de poderem ser precipitados por aspectos infantis insignificantes, isso não quer dizer que não voltem a repetir os mesmos comportamentos.
Braz Saraiva diz que "cerca de 25 por cento dos jovens têm tendência a ter comportamentos recorrentes, porque têm uma estratégia desadequada para lidar com o desespero" por Sílvia Maia / Lusa 27 Julho 2009.

Actualmente, a comunidade cientifica acredita que, na grande maioria dos casos, aquele que atenta contra a sua própria vida, tem uma percepção distorcida do mundo e dos valores, pois tal como nos diz Oliveira (1999), "Perante uma realidade que não lhe é fácil de encarar, um jovem pode (...) ficar bloqueado e temporariamente passivo; pode mostrar-se agressivo e fazer notar a sua raiva incontida aos outros; pode submeter-se e pensar que é olhado e aceite; … pode alimentar as suas ilusões e construir (ou reforçar) os muros que o isolam – até de si mesmo. Atacando ou renunciando ao mundo exterior, parece sentir-se, assim, protegido. O que não passa de uma aparência, sob a qual se escondem (ou reprimem) os seus medos, inseguranças, tristezas e emoções exaltadas que, tantas vezes, lhe incendeiam, turvam e confundem a mente, ávida de referências."


Por último, um pensamento de M. Julieta Silva (2002): “Estou aqui, pensem em mim, tratem de mim, mostrem que me amam”.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Caminhar...

Estou no início de uma nova caminhada... A partir de hoje, serei Enfermeira Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria…nada mais do que óbvio! No entanto, envolvo-me tanto em medo quanto em esperança. O medo…pelo que me espera, mas também esperança, ligada à expectativa de iniciar uma nova caminhada em busca do que tanto desejei, com a certeza de que estou mais experiente e conhecedora desta realidade que é a Saúde Mental e Psiquiatria. A esperança é o combustível que me impulsiona e me dá coragem para (re) começar, seja (re) construindo algo em que acredito profundamente e me lança a um novo desafio. Este sentir ambíguo entre medo e esperança, substituo por “oportunidade” de fazer melhor, de fazer diferente, de ser mais feliz, de crescimento, de desenvolvimento, de conhecimento de mim mesma, do outro e do mundo. Tentarei ao longo desta caminhada, desenvolver as potencialidades, competências que adquiri ao longo da minha formação…Tenho uma nova oportunidade na minha vida…oportunidade de crescimento e realização pessoal, e sobretudo, de espalhar amor e esperança ao meu redor! Tenho uma nova oportunidade para ser mais feliz…. A todos os que comigo iniciam esta nova caminhada, as mais sinceras felicidades…